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segunda-feira, 1 de junho de 2015

What holds you?

Renovada ou reciclada? Não sei
Mas estou de volta
Semicírculos
Círculos
Ondas
Voltas e
Reviravoltas
Apesar da mobilidade
Tudo se mantém no mesmo lugar

Raimunda: ... eu queria sair da zona de conforto, mas sinto que estou andando em círculos...

Edmunda: Apprendre le français ne produit pas de changement?

Raimunda: Si, mais ces changements sont à long terme, pas de temps à les affichent.

Edmunda: Patience, je pense que ce qu'il vous avez besoin.

Raimunda: Pode ser, mas... você sabe que até no francês eu sinto uma certa inércia!? 

Edmunda: Lógico que eu sei... eu sei de tudo! Você se propôs a aprender um novo idioma, mas entra em confronto com suas peculiaridades, quer sempre encontrar proximidade com o conhecido. Diz que quer o novo, mas o rejeita.

Raimunda: É coisa de maluco, mas acontece...

Edmunda: É  coisa de humano e serve pra tudo... Lembra da música "Let me go" da Avril Lavigne?

Raimunda: Sim!

"Love that once hung on the wall
Used to mean something
But now it means nothing
The echoes are gone in the hall
But I still remember, the pain of december

Oh, there isn’t one thing left you could say
I’m sorry it’s too late

I’m breaking free from these memories
Gotta let it go, just let it go
I’ve said goodbye, set it all on fire
Gotta let it go, just let it go
Oh, (oh), oh, (oh)

You came back to find I was gone
And that place is empty
Like the hole that was left in me
Like we were nothing at all
It’s not what you meant to me
Thought we were meant to be

Oh, there isn’t one thing left you could say
I’m sorry, it’s too late

I’m breaking free from these memories
Gotta let it go, just let it go
I’ve said goodbye, set it all on fire
Gotta let it go, just let it go

(And let it go) and now I know
(A brand new life) is down this road
(And when it’s right) you always know
(So this time) I won’t let go

There’s only one thing left here to say
Love’s never too late

I’ve broken free from those memories
I’ve let it go, I’ve let it go
And two goodbyes led to this new life
Don’t let me go, don’t let me go
Oh, (oh), oh, (oh)
Don’t let me go

Won’t let you go
Don’t let me go"

Edmunda: Quem quer ir embora não precisa pedir permissão. Ela queima tudo, vai embora, mas na verdade não quer ir. Tanto que no fim ela pede para ele não deixá-la ir. 

Raimunda: Por que ir embora? Por que ficar?  O que pode melhorar? O que não pode? É complexo....

Edmunda: O complexo na verdade é o auto-conhecimento, ser sincero consigo mesmo apesar de tudo.

Raimunda: Pra variar minha angústia virou nó  na cabeça.. acho melhor me retirar.. au revoir!

Edmunda: See you later!

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Quem é você?


    Não importa a idade, não importam as conquistas
    A pergunta continua... como se tivesse resposta...
    Quem é você?
    Ou na versão da lagarta: "Quem és tu?"
    Ah se soubessem quão desafiadora e embaraçosa é essa pergunta...
    Se vem com arrogância é facilmente desbancada
    Eu, você, todos nós somos apenas o vice-treco do subtroço
    Mais um entre bilhões em meio a varias outras infinidades
    Mas... e se a esfinge inquisitória for mais significativa...
    E se essa resposta for vital...
    Quem se define, se limita e eu não quero limites
    Eu prefiro ser a metamorfose ambulante descrita por Raul
    E, pra ser sincera... nem eu sei quem sou...
    São tantas dúvidas, tantas reações contraditórias...
    Será isso...
    Eu sou...
    A personificação do caos?
    Uma infinidade de dúvidas em um mar de certezas?

segunda-feira, 2 de março de 2015

Constatações


E um grande suspiro cortou o silêncio...

Raimunda: Ahhhhhhhhhhhhh... Se o que a vida quer da gente é coragem... o que a gente quer da vida é carinho!

Edmunda: Ãhn!?!?!?!?!?!?

Raimunda: Minha cara... não importa a casca, nem a cara brava, muito menos o tamanho... no fim o que todos queremos são os abraços, os laços, os sorrisos...

Edmunda: Pois que seja! Mas por que isso agora?

Raimunda: Nada! São apenas devaneios, reflexões...

Edmunda: Continuo sem entender nada, mas tudo bem...

Raimunda: No fundo somos todos crianças carentes... nosso ego sedento clama por carinho... e cada um à sua maneira vai tentando alimentá-lo...

Edmunda: Hummm...

Raimunda: Seja pela atenção forçada ou pelo carinho espontâneo, o ego é alimentado. Ah que se ter coragem para assumir essa necessidade e alimentá-lo direito!

Edmunda: ... acho que estou entendendo...

Raimunda: Não entenda! Sinta! E reaja!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Liberdade

Quão vil é a espécie humana
Nem uma essência mereceu
Porém seu infortúnio é também sua vitória
Como fruto dessa falta, a liberdade ela recebeu

Raimunda: Existe, por acaso, algum ser vivo de comportamento mais variado do que o homem?

Edmunda: Se existe, ainda não me apresentaram...

Raimunda: Pois é, essa tal racionalidade que nós arrumaram permite que cada pessoa interprete e reaja ao mundo de uma forma própria.

Edmunda: Desconsiderando, claro, os moldes sociais que fazem com que muitos se comportem da mesma forma.

Raimunda: Mesmo nesses moldes existem alguns que moldam esses padrões à sua personalidade, ao seu jeito...

Edmunda: Os moldes são necessários para preservação da espécie, se as pessoas agissem com total liberdade, dificilmente a humanidade ainda existiria.

Raimunda: Ou não... ao perceber que fazendo mal ao outro acaba se prejudicando, o homem, pode escolher mudar seu comportamento e buscar novos caminhos para satisfazer suas vontades e necessidades. A liberdade é o grande legado do homem.

Edmunda: Hummm... interessante... mas se é assim... por que as pessoas insistem em se prender a moldes, a dogmas?

Raimunda: ... Medo....

Edmunda: Medo???

Raimunda: É... a liberdade exige responsabilidade. E as pessoas tem medo de se responsabilizar pelas próprias escolhas. É mais fácil culpar alguém ou algo pelo que deu errado.

Edmunda: Verdade...

Raimunda: Mas no fim o único responsável pelo que deu certo ou errado e, principalmente, pela pessoa que se tornou é a própria pessoa.

As pessoas se moldam no dia-a-dia,
Pelas escolhas que fazem,
Por tudo que experimentam,
Pela forma que decidem encarar a vida...
A verdade é que o homem é um corpo solto na natureza, em busca do sentido da vida
Mal sabe ele, que o sentido da sua existência está em suas próprias mãos...


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Metamorfose

Tudo parece igual...
Na verdade nada à minha volta mudou
Fui eu quem mudei
Não vejo mais as coisas como antes
Nem me comporto da mesma forma
Mas será que alguém vai notar que eu não sou, nem voltarei a ser a mesma?

Raimunda: Edmundaaaaaaaaaaaaaa... vem cá! Aparece criatura!

Edmunda: Criatura? Que pressa! Que aflição é essa!?

Raimunda: Ah! No meio de toda essa loucura... eu não sei se vou construir algo grandioso para humanidade, mas tenho percebido que estou mudando...

Edmunda: E precisava fazer esse escarcéu todo pra me falar isso?

Raimunda: Mas... não são mudancinhas pequenininhas... são mudanças profundas... praticamente uma metamorfose...

Edmunda: Eu sei, sua bobinha... já te alertei sobre algumas dessas mudanças.

Raimunda: Verdade... tô ficando chata né...

Edmunda: É... mais ou menos... você está amadurecendo, se a larva precisa de um casulo para fazer (ou sofrer) sua metamorfose, porque você não poderia adotar uma casca também...

Raimunda: Hummm... agora quem está profunda é você...

Edmunda: Eu também gasto conhecimento, afinal a voz da sabedoria aqui sou eu...

Raimunda: Certo... oh grande sábia... eu me recolho à minha insignificância...

Edmunda: Palhaça!

Raimunda: O riso faz parte... ajuda a soltar as asas...

Edmunda: O riso é bom sim. Ruim é a sua ansiedade, que pode te fazer alçar voo com asas frágeis.

Raimunda: Então continuemos a metamorfose...

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Egoísmo e Amor Próprio

Existe uma linha tênue entre egoísmo e amor próprio.
Assim como entre a sanidade e a loucura, a sinceridade e a falta de educação, coincidência e destino...
Se equilibrar entre as convenções sociais e as próprias necessidades é tão complicado... gera tanta dúvida...

Raimunda: Como ser independente e manter as relações sociais?

Edmunda: Hã????

Raimunda: A maioria das pessoas busca a independência, mas também quer ser socialmente aceito. E por isso, de certa forma se mantém emocionalmente dependente. A independência completa é impossível?

Edmunda: O homem é um ser social e mesmo que não fosse dependeria do ambiente onde vive para sobreviver. É... a independência completa é impossível.

Raimunda: Tá... menos... quando as pessoas se preocupam de mais com o que as outras vão pensar de suas atitudes ou se dedicam a cuidar das pessoas com as quais convivem, podem acabar se prejudicando. Qual é o limite entre o egoísmo e o amor próprio?

Edmunda: Pergunta interessante...

Raimunda: Respeitar os próprios desejos e necessidades, apesar do que eles podem representar para os outros não é egoísmo, é amor próprio.

Edmunda: E o que é egoísmo?

Raimunda: Acho que egoísmo é querer impor a própria vontade ao outro... sem considerar o que ele sente ou se existiria um outro caminho... é passar por cima das pessoas para conquistar o que se deseja.

Edmunda: Boa definição... e o que você pretende agora?

Raimunda: Tá na hora de exercitar o amor próprio sem egoísmo e sem culpa.

Edmunda: Boa Sorte!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Possibilidades

Estamos sujeitos a uma variedade infinita de possibilidades.
O resultado de nossas ações depende não só dos nossos atos (conscientes e inconscientes), mas também da reação ou mesmo ação isolada de outros, que nem sempre conhecemos...

Edmunda: Muito bem! O Mestre Construtor do Universo precisa de liberdade para criar e pode se dar ao luxo de ser volúvel. Mas por acaso ele também não deve ser precavido?

Raimunda: ... Boa... precaução também é importante...

Edmunda: Egoísmo e mudanças de ideia podem ser perdoáveis, mas isso não significa que serão perdoados.

Raimunda: Verdade...

Edmunda: Além disso, se o Mestre Construtor do Universo pretende mudar o mundo ou simplesmente construir algo novo e útil, deve estar preparado para imprevistos. Sejam eles positivos ou negativos.

Raimunda: Mas também não dá pra adivinhar tudo né...

Edmunda: Claro que não! Tentar algo assim seria paranoico. Mas ter consciência de que para toda ação há uma reação e que esta pode ser favorável ou não ao seus objetivos já é um grande passo.

Raimunda: Em função dessa consciência agir com prudência e prevenção... parece fácil... deveria ser até intuitivo... mas exige um exercício contínuo da mente...

Edmunda: Da mente e do espírito. A ideia aqui não é ser calculista, mas sábio o suficiente para construir a própria felicidade de forma concreta e lúcida para que seja minimamente abalada por fatores externos.

Raimunda: Agora sim, complicou. A felicidade é inconstante e os fatores que a abalam são infinitos...

Edmunda: Por isso, mente e espírito devem se unir e se fortalecer.

Raimunda: Tá certo... a mudança começa de dentro.

sábado, 9 de agosto de 2014

Nuvens e Concreto



     Ah! Como eu gosto das nuvens!
     Nelas minha alma dança...
     Experimento o êxtase da liberdade...


                                                                        Mas preciso do concreto.
                                                                        Nele me sustento.
                                                                        Com ele minha razão se fixa.


     Por isso vou vivendo entre nuvens e concreto
     Entre asas e amarras
     Confrontando sonho e realidade.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Igualdade e Liberdade

Somos todos iguais, o que nos diferencia são as nossas escolhas.
Fatores externos podem intervir na nossa forma de agir e ver o mundo, mas no fundo o que determina para onde vamos, quem seremos na vida, são as nossas convicções.

Raimunda: Toc-toc...

Edmunda: Quem é?

Raimunda: Uma criatura cheia de dúvidas...

Edmunda: O que te aflige?

Raimunda: A princípio todas as pessoas são iguais, mas existem pessoas que surpreendem e por isso se destacam. Até que ponto nossa liberdade de escolha interfere no papel que vamos desempenhar no mundo e até que ponto esse papel é ditado pela nossa natureza?

Edmunda: Que medo!? Quanta profundidade!

Raimunda; É sério! Quer um exemplo?

Edmunda: Estou te levando a sério! Continue...

Raimunda: Beethoven é um dos grandes gênios da música, porém sofreu uma surdez progressiva. Surpreendentemente, suas principais obras foram compostas quando sua surdez já estava bem avançada. Ele poderia ter se deprimido com a doença e abandonado a música. Se isso acontecesse, poderíamos ignorar sua história hoje...

Edmunda: Verdade! Essa foi uma escolha importante...

Raimunda: Voltando para as pessoas normais... rsrsrsrsrs... existem pessoas que apresentam grandes talentos na infância e os abandonam ao longo da vida. Também existem deficientes que apesar de tudo e de todos correm atrás de seus sonhos  e vivem melhor do que muita gente que seria considerada "normal".

Edmunda: Nesses casos a facilidade pode ser um limitador e a dificuldade, um grande incentivador..

Raimunda: Por isso, eu acredito que qualquer um pode fazer qualquer coisa. O que nos poda ou nos dá asas são as nossas convicções e a nossa força de vontade.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Bailando

E o universo paralelo de Raimunda volta a tremer... mas dessa vez quem se assusta é Edmunda.
Quanto barulho!
Quanto movimento!
Quanta bagunça!
São tambores, violões, flautas, vozes, palmas, maracas, pandeiros, sapateados, sons eletrônicos... uma explosão de sons, cores e sentimentos...
Então, Edmunda avista uma Raimunda eufórica, envolta em vultos coloridos e vibrantes.

Edmunda: O que é isso???

Raimunda: Uma festa, não vê?

Edmunda: Vejo, mas não entendo...

Raimunda: Você não queria que eu recuperasse a leveza? Nada melhor do que uma festa para exorcizar os demônios, libertar a alma.

Edmunda: Pode ser...

Raimunda: Ven a bailar una Rueda de Casino!

Edmunda: Ih! Pirou de vez...

Raimunda: En esta salsa Cubana parejas interactúan en una rueda. Es muy divertido!

Edmunda: Parece uma Quadrilha, com alguma sofisticação, mas uma quadrilha.

Raimunda: Se preferir podemos dançar um Cavalo Marinho...

Edmunda: Você quer dançar ou brincar de ciranda?

Raimunda: A roda é o primeiro passo para libertar a alma. A medida que a gente gira o corpo fica leve e a mente se esvazia...

Edmunda: Então tá né...

Raimunda: O efeito é melhor pulando e gritando com um bom Rock ou entrando em transe com música eletrônica.

Edmunda:Radical...

Raimunda: Se joga menina! Sente a música, sente seu corpo, se solta... cai no samba!

Edmunda: Ok! Eu me rendo...

Raimunda: Ótimo! Fica descalça sente o pé no chão... solta as pernas, os quadris... ombros, braços... namora o próprio corpo. Como é bom se encontrar! Como é bom se sentir viva!

Edmunda: Interessante... você vê na dança um meio de encontro consigo mesma, não um meio de sedução...

Raimunda: Funciona para os dois. Vamos a bailar un tango?

Edmunda:Ahn!?

Raimunda: Sí! Jugar de seducir, dramatizar el encuentro... Reaccionar a las señales del otro y averiguar lo que sus acciones tienen sobre mí.

A vida é como essa festa, uma grande mistura de sensações e sentimentos, mas é preciso se sentir primeiro, reconhecer o ego, para depois interagir com os demais. E o processo de autoconhecimento continua nessa interação...