Mostrando postagens com marcador Raimunda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Raimunda. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Zeitgeist

Edmunda: Shhhhhhhhhhhhh...

Raimunda: O que foi?

Edmunda: Silêncio! Estou tentando ouvir o Zeitgeist {tsart.garst}.

Raimunda: Zé o que?

Edmunda: Zeitgeist {tsart.garst},  é um termo alemão, significa Espírito da Época.

Raimunda: Ahn!? Espírito da Terra? Você quer ouvir o Espírito da Terra?

Edmunda: Bem... estou tentando...

Raimunda: E como você pretende fazer isso?

Edmunda: Os sinais estão aí, é só observar e refletir.

Raimunda: Ah, sim! Claro!

Edmunda: Dois sinais que me intrigam, por exemplo, são o crescimento do movimento feminino e do movimento Slow Living.

Raimunda: O crescimento do movimento Feminino, ok. Mas Slow Living? What is it?

Edmunda: É uma tendência de busca pela desaceleração, por uma vida mais simples, porém com mais significado.

Raimunda: Bons sinais... mas porque você inventou de se preocupar com isso agora?

Edmunda: Teorias... especulações... muitos falam que o mundo vai ser diferente após a Pandemia, mas que mudança será essa?

Raimunda: Acho que estou entendendo... Não dá pra saber qual/quais mudanças ocorrerão, mas você acredita ou espera que tenham a ver com estes movimentos.

Edmunda: Acompanha só... a desaceleração é fácil, foi imposta e pode provocar reflexões. O mais fantástico é o reforço para o movimento Feminista.

Raimunda: Você diz isso por causa do destaque dos Países liderados por mulheres no combate à COVID-19?

Edmunda: Também... Você sabia que 70% das equipes de saúde são compostas por mulheres? E que o primeiro Coronavírus humano  foi descoberto por uma mulher escocesa que teve que parar de estudar aos 16 anos?

Raimunda: Imaginava que a maioria dos profissionais de saúde eram mulheres, só não tinha números. e como essa escocesa descobriu o Corona?

Edmunda: O nome dela é June Almeida, desenvolveu uma técnica de visualização de vírus com uso de anticorpos. Utilizando esta técnica conseguiu identificar o primeiro coronavírus humano. No início seu trabalho foi rejeitado, mas hoje é reconhecido e utilizado no combate à pandemia.

Raimunda: Falam em heróis, mas deveriam prestar mais atenção nas heroínas...

Edmunda: Não é de destaque que elas precisam. Na verdade, a humanidade precisa que elas e todos os humanos sejam respeitados, tratados com equidade e encarados como parceiros.

Raimunda: humm... está inspirada hein... e o Slow Living?

Edmunda: Ahh... é uma mistura de comportamento com filosofia. A busca por uma vida equilibrada, baseada em valores reais, plena, com responsabilidade social e ambiental.

Raimunda: E você acha que o isolamento pode contribuir?

Edmunda: Já existia um movimento nesse sentido, pessoas já estavam mudando das grandes cidades para o interior, buscando este estilo de vida. Por quê não potencializar agora?

Raimunda: Interessante... também quero ouvir o Zeitgeist... fiquei curiosa...

Shhhhhhhhhhhhhhh.....


segunda-feira, 30 de março de 2020

Odoya

E uma aura azul e branca tomou a atmosfera
Uma brisa suave indica novos ventos
Água, ar tudo parece mais puro
E o amor toma novas formas

Raimunda: PAN DE MIA... PAN DE MIA...

Edmunda: Quê isso?

Raimunda: É quando uma doença se espalha pelo mundo, deixando todos os países em alerta.

Edmunda: Bom, não era bem isso que queria saber. Estou curiosa com essa sua cara de espanto, essa perplexidade...

Raimunda: E não é para assustar? O mundo em quarentena, as pessoas em casa com medo de um vírus, centenas morrendo todos os dias!? O que há pouco tempo era só teoria, coisa de livros de história e ciências, se tornou real, concreto. O terror que aparentava estar restrito a épocas onde não havia o conceito de sanitarismo, se manifesta hoje numa época tecnológica que o acelera ao invés de reprimir.

Edmunda: Catastrófico! Mas não pode ser o fim do mundo, deve ter algo positivo nisso aí...

Raimunda: Positividade sempre tem. Ela é necessária.... precisamos manter a sanidade mental da pessoas...

Edmunda: Só por isso?

Raimunda: Não, não é só por isso, é real. As pessoas tiveram que desacelerar, para cuidar de si e das pessoas que ama. Isso gera um reflexão natural sobre os padrões de comportamento atuais, se não precisam ser revistos. Além disso tem a natureza... quando o homem diminui seu ritmo, ela finalmente pode respirar e se recuperar.

Edmunda: hummm... quer dizer que essa tal pandemia tem efeitos no homem ena natureza, no planeta...

Raimunda: Isso! Tem quem acredite que esta seja uma oportunidade para a Humanidade se regenerar e salvar o planeta. Existem várias crenças sobre as intenções divinas com esse vírus. fato é que a religiosidade também foi aflorada.

Edmunda: Não seria o pânico com a pandemia, além do instinto de sobrevivência, um certo medo da mudança?

Raimunda: É... pode ser. Já foram muitas mudanças bruscas e com certeza vem muito mais por aí... 

Edmunda: E adianta entrar em pânico?

Raimunda: Resiliência é a capacidade de enfrentar uma adversidade de forma positiva, a utilizando como aprendizado. O momento exige resiliência... é hora de transformar teoria em prática.

Edmunda: Então, bora nos juntar às pessoas que cantam nas varandas!?

Odoya que as águas nos purifiquem
Odoya que os caminhos se abram
Odoya que venha um tempo de luz

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Leões e Panteras


Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?



Edmunda: É... parece que a vida gosta mesmo de brincar com as pessoas. Não é, Raimunda?

Raimunda:  Oi? Por que? Onde eu entro nisso?

Edmunda: Nada... só observando... tem gente que não queria se precipitar e acabou se deixando atropelar...

Raimunda: Ponto de vista interessante....

Edmunda: Ponto de vista? Ok... tudo é relativo.

Raimunda: Exato! Tudo é relativo, não dá pra entender nada completamente, nem se pode controlar tudo.


Edmunda: Que o digam Leões e Panteras...

segunda-feira, 2 de março de 2015

Constatações


E um grande suspiro cortou o silêncio...

Raimunda: Ahhhhhhhhhhhhh... Se o que a vida quer da gente é coragem... o que a gente quer da vida é carinho!

Edmunda: Ãhn!?!?!?!?!?!?

Raimunda: Minha cara... não importa a casca, nem a cara brava, muito menos o tamanho... no fim o que todos queremos são os abraços, os laços, os sorrisos...

Edmunda: Pois que seja! Mas por que isso agora?

Raimunda: Nada! São apenas devaneios, reflexões...

Edmunda: Continuo sem entender nada, mas tudo bem...

Raimunda: No fundo somos todos crianças carentes... nosso ego sedento clama por carinho... e cada um à sua maneira vai tentando alimentá-lo...

Edmunda: Hummm...

Raimunda: Seja pela atenção forçada ou pelo carinho espontâneo, o ego é alimentado. Ah que se ter coragem para assumir essa necessidade e alimentá-lo direito!

Edmunda: ... acho que estou entendendo...

Raimunda: Não entenda! Sinta! E reaja!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Raimunda e os bichos

Se relacionar
Relacionar-se
Via de mão dupla
Ao mesmo tempo que se dá, recebe

Raimunda: Estranho como um bichinho pode despertar tanta coisa...

Edmunda: É um dos relacionamentos mais puros, mais espontâneos.

Raimunda: Verdade!

Edmunda: Por isso são ótimos mestres para o autoconhecimento.

Raimunda: Ahn!? Pra me relacionar eu não preciso me conhecer primeiro?

Edmunda: Sim, mas sem o outro para testar sua tolerância, sua paciência, sua empatia... como você vai se conhecer?

Raimunda: Entendi... compreender a levadeza de um cãozinho é mais fácil do que a infidelidade de alguém que se ama.

Edmunda: O.o Acho que você exagerou... Dramática, como sempre! Mas a ideia é essa!

Raimunda: Há quem diga que quanto mais conhece os homens mais gosta dos animais. Mas a predisposição para se relacionar vem de dentro, tanto o homem quanto o bicho podem e vão ter comportamentos desagradáveis, temos que aprender a lidar com eles.

Edmunda: Elementar minha cara.... rsrsrsrsrs.... resta a cada um examinar na sua balança de relacionamentos o que pesa mais: as atitudes positivas ou as negativas.

Cuidar e ser cuidado
Dar carinho e ser amado
Se preocupar e ser reconfortado
Enlouquecer e ser apoiado
(...)

; )

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Eu no mundo

Você não é o centro do universo
Mas é (ou deveria ser) o centro da sua vida
O mundo não gira em sua função
Não existe um complô do universo contra, nem a seu favor
Se você tem sonhos, ótimo!
Se quer realizá-los: trate de se mexer!

Raimunda: Edmundaaaaaaa... cadê você, lindinha!?

Edmunda: hummm!? ... Que foi? Esse lindinha me deu medo. O que você está tramando?

Raimunda: Tramando? Nada. Executando... tudo!

Edmunda: Isso foi para me tranquilizar ou pra aumentar meu medo mesmo???

Raimunda: Nenhum dos dois. E a propósito, eu exclui a palavra MEDO do meu dicionário.

Edmunda: Ihhhh! Agora eu tô assustada de verdade... o que está acontecendo?

Raimunda: Ah! Cansei de me anular, de postegar meus sonhos... resolvi que está passando da hora de me dedicar a mim, satisfazer meus desejos.

Edmunda: Ufa!!!! Só isso?

Raimunda: Parece simples, mas não é... exige coragem!

Edmunda: Eu sei. Estou feliz por você! Acho até que essa resolução merece uma festa...

Raimunda: Eba! Que venha a festa...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Possibilidades

Estamos sujeitos a uma variedade infinita de possibilidades.
O resultado de nossas ações depende não só dos nossos atos (conscientes e inconscientes), mas também da reação ou mesmo ação isolada de outros, que nem sempre conhecemos...

Edmunda: Muito bem! O Mestre Construtor do Universo precisa de liberdade para criar e pode se dar ao luxo de ser volúvel. Mas por acaso ele também não deve ser precavido?

Raimunda: ... Boa... precaução também é importante...

Edmunda: Egoísmo e mudanças de ideia podem ser perdoáveis, mas isso não significa que serão perdoados.

Raimunda: Verdade...

Edmunda: Além disso, se o Mestre Construtor do Universo pretende mudar o mundo ou simplesmente construir algo novo e útil, deve estar preparado para imprevistos. Sejam eles positivos ou negativos.

Raimunda: Mas também não dá pra adivinhar tudo né...

Edmunda: Claro que não! Tentar algo assim seria paranoico. Mas ter consciência de que para toda ação há uma reação e que esta pode ser favorável ou não ao seus objetivos já é um grande passo.

Raimunda: Em função dessa consciência agir com prudência e prevenção... parece fácil... deveria ser até intuitivo... mas exige um exercício contínuo da mente...

Edmunda: Da mente e do espírito. A ideia aqui não é ser calculista, mas sábio o suficiente para construir a própria felicidade de forma concreta e lúcida para que seja minimamente abalada por fatores externos.

Raimunda: Agora sim, complicou. A felicidade é inconstante e os fatores que a abalam são infinitos...

Edmunda: Por isso, mente e espírito devem se unir e se fortalecer.

Raimunda: Tá certo... a mudança começa de dentro.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Raimunda e Rubem Alves

E não é que em meio a esses significados de números, Raimunda começou a pensar em lições que aprendeu na infância...
Se lembrou dos livros de Rubem Alves e da sabedoria que transmitiam...

Raimunda: Os significados daqueles números remetiam a sabedoria, espiritualidade, liberdade... mas também tinham relação com ambição e poder...

Edmunda: Sim e daí!?

Raimunda: Me fez lembrar da relação do escorpião com a rã e das lagartixas com os dinossauros...

Edmunda: Looooooouuuuuuca, louquinha... Agora você pirou de vez, vou ter que arrumar uma camisa de força...

Raimunda: Você é quem se precipita. Estou falando de dois livros do Rubem Alves, se você tiver paciência para me ouvir vai entender...

Edmunda: Ok! se explique...

Raimunda: No "Escorpião e a Rã", o escorpião se deixa levar pelo orgulho e ataca a rã mesmo sabendo que essa atitude o mataria. Talvez  tenha faltado ao escorpião a espiritualidade necessária para vencer o orgulho e reconhecer que a vida é mais importante do que a vaidade e o poder. E que poder é esse? Que se garante pelo medo e nem serve para salvar a própria vida?

Edmunda: Entendo... a ambição, o orgulho e o poder são importantes motivadores mas, como tudo  na vida, necessitam de limite. A sabedoria e a espiritualidade, então, entrariam como balanceadores.

Raimunda: Isso! No significado dos números há menções sobre ligações entre opostos. O escorpião sentiu gratidão pela rã, mas também teve raiva, porque o gesto dela fez com que ele abaixasse a guarda, era como se ela o tivesse vencido.

Edmunda: E onde entram as lagartixas e os dinossauros? Fiquei curiosa...

Raimunda: Nesse livro as lagartixas brancas se deixam levar pela promessa de uma vida melhor ao ficarem grandes e coloridas, para isso comem o fruto da árvore proibida. Elas queriam ser as rainhas das lagartixas, mas cresceram demais, se tornaram dinossauros e com o passar do tempo foi ficando cada dia mais difícil encontrar comida. O corpo grande dos dinossauros ao mesmo tempo que exigia um volume maior de alimentos também destruía a floresta à medida que caminhavam. As florestas acabaram e os dinossauros morreram de fome. As outras lagartixas sobreviveram porque necessitavam de muito pouco para viver.

Edmunda: A vaidade e a ambição das lagartixas brancas provocaram seu fim... Mas essa história também remete à preservação da natureza...

Raimunda: O Mestre Construtor do Mundo tem que ter consciência que depende da natureza e que os recursos naturais não são infinitos. A humildade também é uma lição importante, que está presente nas duas histórias.

Edmunda: É... até que você não está muito louca não...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

679

Raimunda e Edmunda: Eureca! Encontramos!

Edmunda: 679 é o menor número de persistência 5. Nada que um pouco de paciênciapersistência e equilíbrio não consigam...

679 - 378 - 168 - 48 - 32 - 6

Raimunda: Número interessante para um desafio...

Edmunda: Interessante!? Lá vem viagem...

Raimunda: O que tem de mais querer brincar um pouco com o significado dos números?

Edmunda: Fique a vontade, não está mais aqui quem falou...

Raimunda: O número 6 representa a união de opostos, pode ser representado por uma estrela (dois triângulos opostos). Está ligado à liberdade e sensibilidade, é o número do Amor-sabedoria.

Edmunda: E os outros?

Raimunda: O 7 é o número da perfeição, integra o mundo espiritual ao humano. É considerado o símbolo da totalidade do universo em transformação e pode ser simbolizado por um triângulo sob um quadrado. E o 9 representa sabedoria, é o final de um ciclo e começo de outro, pode ser simbolizado por 3 triângulos. É o número da grande sabedoria e poder espiritual, já que contém a experiência de todos os números anteriores.

Edmunda: Liberdade, Sensibilidade, Espiritualidade, Sabedoria... São características importantes... Mas se eu não me engano na numerologia o que vale é a soma dos números não!?

Raimunda: 6 + 7 + 9 = 22. Na numerologia 22 é o número do Mestre Construtor do Mundo. Caracteriza o construtor, pois usa o seu raciocínio brilhante para transformar em realidade as necessidades, impulsos e ambições dos outros. É o número do trabalho, construção, otimismo e poder. 

Edmunda: Interessante... O Mestre Construtor do Mundo precisa de sensibilidade, sabedoria, liberdade e (porque não?) espiritualidade para completar sua grande missão... Será que não são essas as características que temos que desenvolver???

Raimunda: E por acaso não é sobre tudo isso que temos conversado desde o início???





segunda-feira, 14 de julho de 2014

Raimunda e Edmunda se Equilibrando

Na verdade, separar razão e emoção é impossível...
Como a maioria das coisas que tentamos separar por vício didático.
Até onde a razão iria sem a emoção como motivador???
E onde a emoção chegaria sem a razão como freio???

Edmunda: E aí espertinha!? Já descobriu qual é o menor número de persistência 5?

Raimunda: Não! Mas você também não resolveu meus dramas sentimentais...

Edmunda: Tá certo... mas você acha mesmo que a solução seja separar emoção e razão??

Raimunda: Por que não? Situações drásticas, exigem atitudes drásticas!

Edmunda: Ai que drama!!!

Raimunda: Tudo bem! Sem exageros... o que você sugere?

Edmunda: Equilíbrio! Usar a emoção em favor da razão e vice-versa...

Raimunda: Falando assim, até parece fácil...

Edmunda: Não é fácil! Mas se o caminho da sabedoria fosse fácil, todos seriam sábios e ela perderia sua importância.

Raimunda: É... acho que equilíbrio é a chave de tudo...

Edmunda: Equilíbrio, Paciência e Persistência.

O.o

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Enigmas e Mistérios

A história hoje começa com um desafio:
"Persistência de um número é o número de passos necessários para reduzi-lo a um único dígito multiplicando todos os seus algarismos para obter um segundo número, depois multiplicando todos os dígitos deste número para se obter um terceiro número, e assim por diante, até que um número de um dígito é obtido. Por exemplo, 77 tem uma persistência de quatro, porque requer quatro etapas para reduzi-lo a um dígito: 77-49-36-18-8. O menor número de persistência 1 é 10, o menor de persistência 2 é 25, o menor de persistência 3 é 39, e o menor de persistência 4 é 77. Qual é o menor número de persistência cinco?" (Martin Gardner)
Será que alguém consegue descifrar esse enigma?

Raimunda: Mistérios e resolução de problemas sempre me fascinaram... é algo estranho, fico inquieta até encontrar uma solução... até conhecer o desfecho...

Edmunda: Eu sei... e sei também que você adora fazer um mistério, usar olhares para provocar dúvidas...

Raimunda: Não vem atrapalhar a conversa não... o assunto não é esse.

Edmunda: Por que não?

Raimunda: Porque eu estou tentando falar de questões racionais e você quer puxar a conversa para o lado sentimental.

Edmunda: E por que os dois não podem andar juntos? Por acaso esse não seria o ideal?

Raimunda: Hummm... Você pode estar certa, mas dificilmente isso é o que acontece...

Edmunda: Você já não parou pra pensar que talvez a solução dos enigmas sentimentais, na verdade seja o grande desafio racional da humanidade?

Raimunda: Complexo... Vamos fazer o seguinte: eu resolvo os matemáticos e você os sentimentais? Depois a gente vê no que dá...

Edmunda: Engraçadinha...

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Igualdade e Liberdade

Somos todos iguais, o que nos diferencia são as nossas escolhas.
Fatores externos podem intervir na nossa forma de agir e ver o mundo, mas no fundo o que determina para onde vamos, quem seremos na vida, são as nossas convicções.

Raimunda: Toc-toc...

Edmunda: Quem é?

Raimunda: Uma criatura cheia de dúvidas...

Edmunda: O que te aflige?

Raimunda: A princípio todas as pessoas são iguais, mas existem pessoas que surpreendem e por isso se destacam. Até que ponto nossa liberdade de escolha interfere no papel que vamos desempenhar no mundo e até que ponto esse papel é ditado pela nossa natureza?

Edmunda: Que medo!? Quanta profundidade!

Raimunda; É sério! Quer um exemplo?

Edmunda: Estou te levando a sério! Continue...

Raimunda: Beethoven é um dos grandes gênios da música, porém sofreu uma surdez progressiva. Surpreendentemente, suas principais obras foram compostas quando sua surdez já estava bem avançada. Ele poderia ter se deprimido com a doença e abandonado a música. Se isso acontecesse, poderíamos ignorar sua história hoje...

Edmunda: Verdade! Essa foi uma escolha importante...

Raimunda: Voltando para as pessoas normais... rsrsrsrsrs... existem pessoas que apresentam grandes talentos na infância e os abandonam ao longo da vida. Também existem deficientes que apesar de tudo e de todos correm atrás de seus sonhos  e vivem melhor do que muita gente que seria considerada "normal".

Edmunda: Nesses casos a facilidade pode ser um limitador e a dificuldade, um grande incentivador..

Raimunda: Por isso, eu acredito que qualquer um pode fazer qualquer coisa. O que nos poda ou nos dá asas são as nossas convicções e a nossa força de vontade.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Perfeição

Ah! Quantas inquietações povoam a alma humana...
Será mesmo que a felicidade é o fim? Ou seria ela o meio?
E a perfeição? Seria uma meta divina a ser atingida ou um conceito humano, mutável ao longo de gerações?

Raimunda: É muito estranho... na busca pela felicidade, há também uma busca pela perfeição, por cenários ideais...

Edmunda: E o que tem de estranho nisso?

Raimunda: Me parece que a felicidade é incompatível com a perfeição. A felicidade é leve e a perfeição é densa, pesada.

Edmunda: Interessante... mas esse peso seria da perfeição ou do seu processo de busca?

Raimunda: ???

Edmunda: A busca pela perfeição pode se tornar obsessiva e por isso ser um fardo. Mas a perfeição não pode ser pesada, isso a descaracterizaria, não?

Raimunda: É... certo... mas o perfeito é inatingível, exige atenção aos detalhes e aperfeiçoamentos constantes.

Edmunda: E desde quando isso é ruim? Você não acha que se fosse diferente a vida seria enfadonha e perderia o sentido?

Raimunda: Ás vezes quando está tudo bem, quando se cai na rotina, também bate um tédio, uma necessidade de mudança...

Edmunda: E o que é mesmo a perfeição? Um conjunto de padrões que a sociedade considera ideais? Por que esses padrões deveriam funcionar pra todos?

Raimunda: Na verdade esses padrões são ações e comportamentos que deveriam nos levar à felicidade, mas eu acredito que cada pessoa experimenta a felicidade de forma própria.

Edmunda: Se você pensar nos padrões de beleza também vai perceber que a beleza é relativa. Não é porque uma pessoa reúne características que são consideradas padrões de beleza, que necessariamente ela é bonita...

Raimunda: Não é atoa que existe a “Beleza Exótica”... Será que tudo é relativo? Até a perfeição?

O jeito é buscar os próprios padrões, ou a falta deles...
Encontrar um meio de produzir a própria fórmula da felicidade...

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Bailando

E o universo paralelo de Raimunda volta a tremer... mas dessa vez quem se assusta é Edmunda.
Quanto barulho!
Quanto movimento!
Quanta bagunça!
São tambores, violões, flautas, vozes, palmas, maracas, pandeiros, sapateados, sons eletrônicos... uma explosão de sons, cores e sentimentos...
Então, Edmunda avista uma Raimunda eufórica, envolta em vultos coloridos e vibrantes.

Edmunda: O que é isso???

Raimunda: Uma festa, não vê?

Edmunda: Vejo, mas não entendo...

Raimunda: Você não queria que eu recuperasse a leveza? Nada melhor do que uma festa para exorcizar os demônios, libertar a alma.

Edmunda: Pode ser...

Raimunda: Ven a bailar una Rueda de Casino!

Edmunda: Ih! Pirou de vez...

Raimunda: En esta salsa Cubana parejas interactúan en una rueda. Es muy divertido!

Edmunda: Parece uma Quadrilha, com alguma sofisticação, mas uma quadrilha.

Raimunda: Se preferir podemos dançar um Cavalo Marinho...

Edmunda: Você quer dançar ou brincar de ciranda?

Raimunda: A roda é o primeiro passo para libertar a alma. A medida que a gente gira o corpo fica leve e a mente se esvazia...

Edmunda: Então tá né...

Raimunda: O efeito é melhor pulando e gritando com um bom Rock ou entrando em transe com música eletrônica.

Edmunda:Radical...

Raimunda: Se joga menina! Sente a música, sente seu corpo, se solta... cai no samba!

Edmunda: Ok! Eu me rendo...

Raimunda: Ótimo! Fica descalça sente o pé no chão... solta as pernas, os quadris... ombros, braços... namora o próprio corpo. Como é bom se encontrar! Como é bom se sentir viva!

Edmunda: Interessante... você vê na dança um meio de encontro consigo mesma, não um meio de sedução...

Raimunda: Funciona para os dois. Vamos a bailar un tango?

Edmunda:Ahn!?

Raimunda: Sí! Jugar de seducir, dramatizar el encuentro... Reaccionar a las señales del otro y averiguar lo que sus acciones tienen sobre mí.

A vida é como essa festa, uma grande mistura de sensações e sentimentos, mas é preciso se sentir primeiro, reconhecer o ego, para depois interagir com os demais. E o processo de autoconhecimento continua nessa interação...

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Auto-crítica

De repente, não mais que de repente... Raimunda começou a sentir uma coceguinha... eram cócegas estranhas, começaram tímidas e aos poucos foram se intensificando, até que ela se viu tomada por uma gargalhada incontrolável.

Raimunda: Ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs...

Edmunda: Agora sim! Bem melhor assim!!!

Raimunda: Ahahahaha... Melhor? Ahahahaha... Eu não consigo parar de rir. Ahahahaha...

Edmunda: Era o que eu queria. Você estava muito chata!

Raimunda: Ahahahahaha... Então você que está fazendo isso?

Edmunda: Claro! Eu gosto de você crítica com humor, ultimamente você está muito ranzinza!

Raimunda: E me provocar um ataque de risos resolve?

Edmunda: Esse é só começo...

Raimunda: Que medo!!! 

Edmunda: Calma, que agora vou atacar só com dicas. Meus poderes são limitados...

Raimunda: Continuo com medo...

Edmunda: Nas nossas ultimas conversas você estava muito densa, senti falta da sua leveza do seu humor. só quero que você mude um pouco seu jeito de ver as coisas.

Raimunda: O pior é que eu concordo com você. Também estava me achando rabugenta.

Edmunda: Vamos nos prender menos nas suas convicções e rir um pouco mais delas?

Raimunda: Ok! Se rir é o melhor remédio, quem sabe cure as minhas paranoias...

Edmunda: Ótimo! Então agora fica quieta que eu quero curtir a luz natural do Pacífico.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Raimunda, Edmunda e o Lobo

Encarar a realidade é doloroso. Perceber todas as faces da intolerância e até que ponto da irracionalidade ela pode levar o homem é assustador.
É... Raimunda e Edmunda ainda tem muito o que conversar...

Raimunda: Continuo inquieta...

Edmunda: O que foi?

Raimunda: Não sei... acho estranho que quanto mais produzimos ferramentas que poderiam ser usadas para exercermos nossa individualidade, mais reforçamos nossa necessidade de agir em bando, de pertencer a um grupo, de ser aceitos.

Edmunda: Não é porque o diferente te atrai, que todos tem que ser atraídos por ele também.

Raimunda: Não é isso. Na verdade tenho observado uma mudança: se antes as pessoas usavam o anonimato da internet pra dizer o que pensavam ou se permitiam alguma liberdade que não seria aceita em seu meio social, hoje elas usam a internet para se expor. Mas essa exposição segue modelos, reforça a hipocrisia, estimula extremismos...

Edmunda: É o que eu disse sobre a necessidade de popularidade.

Raimunda: Na verdade é pior do que isso. A crítica é aceita, mas seus fundamentos não importam. O bom senso e a responsabilidade pelo que se difunde estão se perdendo.

Edmunda: Verdade... mas será que as pessoas tem ideia do alcance de suas palavras?

Raimunda: Acredito que nem sempre ou quase nunca.

Edmunda: Pois é... às vezes desabafos em momentos de fúria são difundidos com uma velocidade incrível.  O que é feito a partir desse desabafo é responsabilidade de quem desabafou até para evitar uma atitude extrema ou de quem coleciona dramas para justificar atitudes extremas?

Raimunda: humm... boa!

Edmunda: O comportamento de massa que te incomoda ocorre tanto em atitudes "inocentes" como na difusão de informações distorcidas, como em atos bárbaros de "justiça" com as próprias mãos.

Raimunda: Exato!

Edmunda: O homem é lobo do próprio homem, isso não é novidade... Sua bobinha!

Raimunda: É... Somos todos macacos, não pela aparência física, mas pelo comportamento primitivo, que pode ser pior do que o dos animais que agem por instinto.

Edmunda: Ah! Se o homem evoluísse....


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Útil e Agradável


Raimunda foi buscar exemplos, na sua memória, de atitudes que podiam ser interpretadas como associações de sonhos com formas de salvar o mundo. Afinal, salvar o mundo pode ser um sonho, mas é melhor se estiver associado a atividades que dão prazer.
Edmunda: Em que viagem você embarcou agora?
Raimunda: Viagem é uma boa palavra...
Edmunda: Ih! Pirou de vez...
Raimunda: A culpa é sua...
Edmunda: Tinha que sobrar para mim né...
Raimunda: Claro! rsrsrsrsrs.... Estava pensando na possibilidade de associar o sonho de salvar o mundo com outros sonhos.
Edmunda: Que orgulho! Menina aplicada gente...
Raimunda: Sem zuar, por favor, que o assunto é sério.
Edmunda: Ai que meda! Tá parei. Como você faria isso?
Raimunda: Ah! Existem inúmeras possibilidades. Um exemplo está associado a viagens, uma pessoa que sonha conhecer o mundo pode fazer isso do jeito tradicional ou através do próprio trabalho em missões de ajuda humanitária, como fazem os integrantes dos Médicos sem Fronteira e do Exército Brasileiro. A segunda opção não é fácil, mas acredito que seja mais rica.
Edmunda: Interessante... Você pode me dar outros exemplos?
Raimunda: Claro! Na verdade não é preciso ir longe, sentir medo, entre outras coisas, para salvar o mundo (rsrsrsrs). Uma pessoa que sonha em ter uma casa, por exemplo, pode optar por uma construção sustentável. Alguém que sonhe em ser um grande pesquisador pode se dedicar a desenvolver pesquisas sobre assuntos que permitam uma melhora na qualidade de vida, de todos no planeta. Satisfeita com os exemplos?
Edmunda: Muito. Estou ansiosa pela próxima conversa...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Explicações


Sonhos... Mudanças... Raimunda tinha tantos desejos, tantas coisas que gostaria de fazer e viver, mas que nunca havia arriscado... E esse poder de transformação, essa ideia, que agora já toma forma de certeza, de poder mudar o mundo através de pequenas ações. Será que é possível conciliar os sonhos pessoais com o desejo de salvar o mundo?
Raimunda: Edmunda, eu entendo que sonhar é importante e que a vida sem sonho, ou sem a crença na concretização do sonho, não tem sentido, é inerte. Mas por que eu tenho que ficar aqui para aprender isso?
Edmunda: Vê todas essas cores? Todos esses cheiros? Todas essas formas?
Raimunda: É impossível não ver, não sentir, não perceber.
Edmunda: Tudo isso também está presente no seu mundo, mas você não via, não sentia e não percebia. Você sempre tinha muito para se preocupar, para se ocupar. Muitas vezes se ocupava com coisas sem sentido, que não te acrescentavam nada, mas não conseguia tempo para prestar atenção no que acontecia à sua volta. Aqui as distrações não existem e você pode focar no que é realmente importante.
Raimunda: Até que você pode ter razão...
Edmunda: Você já tem consciência do poder de transformação das pessoas, está refletindo sobre a importância do sonho como engrenagem da vida, se assimilar esses conceitos e colocá-los em prática vai descobrir um caminho para felicidade plena.
Raimunda: Ai que profundo...
Edmunda: Você não concorda?
Raimunda: Pior é que concordo. Na verdade acho que é o que me falta, sonhar e ter certeza de que posso transformar o mundo à minha volta a meu favor.
Edmunda: Hummm... Poderosa!
Raimunda: Boba

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Nova Fase


Depois de um longo período de silêncio e inércia, um tremor, uma espécie de terremoto, acordou Raimunda. Cores explodiam por todos os lados, coisas estranhas brotavam do chão. Tudo era muito colorido e brilhante, parecia que um mundo novo nascia à sua volta. Assustada e, ao mesmo tempo, encantada, Raimunda resolveu chamar Edmunda para compartilhar aquela experiência.
Raimunda: Apareça Edmunda! Venha ver o que está acontecendo!
Edmunda: Aaaaaaaai! O que foi?
Raimunda: O que está acontecendo digo eu. Olhe em volta! Sinta a vibração! Estamos voltando para casa?
Edmunda: Não! Você evoluiu bastante, mas ainda não está pronta para voltar.
Raimunda: Evolui bastante? Quer dizer o que? Que isso aqui é igual vídeo game? A gente está mundando de fase?
Edmunda: Até que a comparação não é ruim...
Raimunda: Que beleza! Você pelo menos tem noção de quantas fases ainda temos que passar?
Edmunda: Pergunta difícil...
Raimunda: E essas coisas brotando? O que são?
Edmunda: Essa pergunta é mais fácil (rsrsrsrsrsrs). Isso é material de sonhos.
Raimunda: Material de sonhos?
Edmunda: Acho que agora você vai ter que reaprender a sonhar. Já tem um tempo que você deixa a vida te levar. Agora que você já tem noção da capacidade de mudança das pessoas tem que aprender a tomar a direção da sua vida para produzir as suas próprias mudanças no mundo, deixar a sua marca.
Raimunda: Até que essa nova missão é interessante... e você tá ficando mais espertinha eihn!?
Edmunda: Só eu?