E não é que em meio a esses significados de números, Raimunda começou a pensar em lições que aprendeu na infância...
Se lembrou dos livros de Rubem Alves e da sabedoria que transmitiam...
Raimunda: Os significados daqueles números remetiam a sabedoria, espiritualidade, liberdade... mas também tinham relação com ambição e poder...
Edmunda: Sim e daí!?
Raimunda: Me fez lembrar da relação do escorpião com a rã e das lagartixas com os dinossauros...
Edmunda: Looooooouuuuuuca, louquinha... Agora você pirou de vez, vou ter que arrumar uma camisa de força...
Raimunda: Você é quem se precipita. Estou falando de dois livros do Rubem Alves, se você tiver paciência para me ouvir vai entender...
Edmunda: Ok! se explique...
Raimunda: No "Escorpião e a Rã", o escorpião se deixa levar pelo orgulho e ataca a rã mesmo sabendo que essa atitude o mataria. Talvez tenha faltado ao escorpião a espiritualidade necessária para vencer o orgulho e reconhecer que a vida é mais importante do que a vaidade e o poder. E que poder é esse? Que se garante pelo medo e nem serve para salvar a própria vida?
Edmunda: Entendo... a ambição, o orgulho e o poder são importantes motivadores mas, como tudo na vida, necessitam de limite. A sabedoria e a espiritualidade, então, entrariam como balanceadores.
Raimunda: Isso! No significado dos números há menções sobre ligações entre opostos. O escorpião sentiu gratidão pela rã, mas também teve raiva, porque o gesto dela fez com que ele abaixasse a guarda, era como se ela o tivesse vencido.
Edmunda: E onde entram as lagartixas e os dinossauros? Fiquei curiosa...
Raimunda: Nesse livro as lagartixas brancas se deixam levar pela promessa de uma vida melhor ao ficarem grandes e coloridas, para isso comem o fruto da árvore proibida. Elas queriam ser as rainhas das lagartixas, mas cresceram demais, se tornaram dinossauros e com o passar do tempo foi ficando cada dia mais difícil encontrar comida. O corpo grande dos dinossauros ao mesmo tempo que exigia um volume maior de alimentos também destruía a floresta à medida que caminhavam. As florestas acabaram e os dinossauros morreram de fome. As outras lagartixas sobreviveram porque necessitavam de muito pouco para viver.
Edmunda: A vaidade e a ambição das lagartixas brancas provocaram seu fim... Mas essa história também remete à preservação da natureza...
Raimunda: O Mestre Construtor do Mundo tem que ter consciência que depende da natureza e que os recursos naturais não são infinitos. A humildade também é uma lição importante, que está presente nas duas histórias.
Edmunda: É... até que você não está muito louca não...
Edmunda: Ok! se explique...
Raimunda: No "Escorpião e a Rã", o escorpião se deixa levar pelo orgulho e ataca a rã mesmo sabendo que essa atitude o mataria. Talvez tenha faltado ao escorpião a espiritualidade necessária para vencer o orgulho e reconhecer que a vida é mais importante do que a vaidade e o poder. E que poder é esse? Que se garante pelo medo e nem serve para salvar a própria vida?
Edmunda: Entendo... a ambição, o orgulho e o poder são importantes motivadores mas, como tudo na vida, necessitam de limite. A sabedoria e a espiritualidade, então, entrariam como balanceadores.
Raimunda: Isso! No significado dos números há menções sobre ligações entre opostos. O escorpião sentiu gratidão pela rã, mas também teve raiva, porque o gesto dela fez com que ele abaixasse a guarda, era como se ela o tivesse vencido.
Edmunda: E onde entram as lagartixas e os dinossauros? Fiquei curiosa...
Raimunda: Nesse livro as lagartixas brancas se deixam levar pela promessa de uma vida melhor ao ficarem grandes e coloridas, para isso comem o fruto da árvore proibida. Elas queriam ser as rainhas das lagartixas, mas cresceram demais, se tornaram dinossauros e com o passar do tempo foi ficando cada dia mais difícil encontrar comida. O corpo grande dos dinossauros ao mesmo tempo que exigia um volume maior de alimentos também destruía a floresta à medida que caminhavam. As florestas acabaram e os dinossauros morreram de fome. As outras lagartixas sobreviveram porque necessitavam de muito pouco para viver.
Edmunda: A vaidade e a ambição das lagartixas brancas provocaram seu fim... Mas essa história também remete à preservação da natureza...
Raimunda: O Mestre Construtor do Mundo tem que ter consciência que depende da natureza e que os recursos naturais não são infinitos. A humildade também é uma lição importante, que está presente nas duas histórias.
Edmunda: É... até que você não está muito louca não...