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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Zeitgeist

Edmunda: Shhhhhhhhhhhhh...

Raimunda: O que foi?

Edmunda: Silêncio! Estou tentando ouvir o Zeitgeist {tsart.garst}.

Raimunda: Zé o que?

Edmunda: Zeitgeist {tsart.garst},  é um termo alemão, significa Espírito da Época.

Raimunda: Ahn!? Espírito da Terra? Você quer ouvir o Espírito da Terra?

Edmunda: Bem... estou tentando...

Raimunda: E como você pretende fazer isso?

Edmunda: Os sinais estão aí, é só observar e refletir.

Raimunda: Ah, sim! Claro!

Edmunda: Dois sinais que me intrigam, por exemplo, são o crescimento do movimento feminino e do movimento Slow Living.

Raimunda: O crescimento do movimento Feminino, ok. Mas Slow Living? What is it?

Edmunda: É uma tendência de busca pela desaceleração, por uma vida mais simples, porém com mais significado.

Raimunda: Bons sinais... mas porque você inventou de se preocupar com isso agora?

Edmunda: Teorias... especulações... muitos falam que o mundo vai ser diferente após a Pandemia, mas que mudança será essa?

Raimunda: Acho que estou entendendo... Não dá pra saber qual/quais mudanças ocorrerão, mas você acredita ou espera que tenham a ver com estes movimentos.

Edmunda: Acompanha só... a desaceleração é fácil, foi imposta e pode provocar reflexões. O mais fantástico é o reforço para o movimento Feminista.

Raimunda: Você diz isso por causa do destaque dos Países liderados por mulheres no combate à COVID-19?

Edmunda: Também... Você sabia que 70% das equipes de saúde são compostas por mulheres? E que o primeiro Coronavírus humano  foi descoberto por uma mulher escocesa que teve que parar de estudar aos 16 anos?

Raimunda: Imaginava que a maioria dos profissionais de saúde eram mulheres, só não tinha números. e como essa escocesa descobriu o Corona?

Edmunda: O nome dela é June Almeida, desenvolveu uma técnica de visualização de vírus com uso de anticorpos. Utilizando esta técnica conseguiu identificar o primeiro coronavírus humano. No início seu trabalho foi rejeitado, mas hoje é reconhecido e utilizado no combate à pandemia.

Raimunda: Falam em heróis, mas deveriam prestar mais atenção nas heroínas...

Edmunda: Não é de destaque que elas precisam. Na verdade, a humanidade precisa que elas e todos os humanos sejam respeitados, tratados com equidade e encarados como parceiros.

Raimunda: humm... está inspirada hein... e o Slow Living?

Edmunda: Ahh... é uma mistura de comportamento com filosofia. A busca por uma vida equilibrada, baseada em valores reais, plena, com responsabilidade social e ambiental.

Raimunda: E você acha que o isolamento pode contribuir?

Edmunda: Já existia um movimento nesse sentido, pessoas já estavam mudando das grandes cidades para o interior, buscando este estilo de vida. Por quê não potencializar agora?

Raimunda: Interessante... também quero ouvir o Zeitgeist... fiquei curiosa...

Shhhhhhhhhhhhhhh.....


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Cultura e Educação

Essa tal humanidade é muito estranha mesmo...
Como pode!? Criaturas tão parecidas com comportamentos tão diversos???
Nem sempre o que é educado para uns é aceitável para outros. E o pior, nem sempre o que é consensualmente educado, é praticado por todos.

Edmunda: Raimundaaaaaaaaaaaa...

Raimunda: O que foiiiiiiiiiiii??

Edmunda: Nada de mais, só estou com vontade de mexer um pouco com a sua cabeça...

Raimunda: Só isso né... e ainda diz que não é nada de mais!?

Edmunda: Você já parou para observar o quanto os comportamentos humanos são diferentes?

Raimunda: Você está falando de questões culturais como o arroto que em alguns lugares é sinal de educação e em outros de falta dela?

Edmunda: Sim, mas é lógico que quero ir além disso...

Raimunda: Que inocência a minha! Qual a grande questão do dia?

Edmunda: Lixo.

Raimunda: Lixo!?

Edmunda: Sim, Lixo. Você já reparou como no ocidente o lixo é ligado a uma ideia de inferioridade e por isso quem lida com ele muitas vezes é rejeitado, é colocado à margem?

Raimunda: Sim, um exemplo são os garis que são invisíveis para maioria das pessoas. E o que eu acho pior é que as pessoas se acham no direito de jogar lixo na rua "para garantir o emprego do gari", mas é claro que não aceitam o mesmo comportamento em casa.

Edmunda: É exatamente nesse ponto que eu queria chegar. Olha que contraditório: a mãe ensina o filho que jogar lixo no chão é feio, mas a mesma mãe o ensina a jogar lixo na rua.

Raimunda: Será que isso é um resquício daquela ideia antiga de que existem humanos superiores e inferiores e por isso seria aceitável, inclusive, a escravidão?

Edmunda: Pode ser que sim... Fato é que existe uma influência cultural muito forte nisso. Países que seguem o budismo, por exemplo, acreditam que os objetos também tem alma e por isso devem ser tratados com zelo e gratidão.

Raimunda: Um ambiente limpo também é relacionado à pureza ao sagrado e, por isso para alguns povos manter o ambiente limpo é uma questão de honra.

Edmunda: Se todos pensassem assim não seria bem melhor? Olha como a interação entre os povos pode ser enriquecedora....

Raimunda: Verdade...

Quem dera que o simples fato de algo ter alma fosse suficiente para que as pessoas o tratassem com cuidado...